
Orquídeas terrestres: 28 espécies para vasos e jardins
Descubra 28 espécies de orquídeas terrestres para vasos e jardins, aprenda seus segredos de cultivo e entenda como essas plantas podem transformar seus espaços externos e internos. Esse guia prático reúne dicas de substrato, regas, iluminação e combinações decorativas para você acertar no paisagismo com orquídeas da terra.
As orquídeas terrestres se diferenciam das epífitas porque crescem diretamente no solo, o que as torna mais acessíveis e muitas vezes mais fáceis de cuidar. Saber como cultivar orquídeas terrestres é fundamental para garantir floração saudável e beleza contínua em jardins e vasos. Vamos explorar espécies, técnicas de plantio e cuidados essenciais para que qualquer pessoa possa ter sucesso com essas joias botânicas.

Ficha rápida
- Luz: varia de pleno sol a meia-sombra, conforme a espécie.
- Rega: moderada a frequente; importante manter boa drenagem.
- Substrato: misturas ricas em matéria orgânica, sempre bem arejadas.
- Clima: espécies adaptadas a tropical, subtropical e temperado.
- Porte: pequeno a grande, podendo ultrapassar 1,5 m em algumas variedades.
Como cuidar de orquídeas terrestres
- Luz e temperatura: muitas toleram sol direto da manhã, mas precisam ser protegidas no horário mais quente. A variação do clima de origem (tropical, subtropical ou temperado) deve guiar seu cultivo.
- Rega e drenagem: regue quando o substrato estiver apenas levemente seco. Use vasos ou canteiros que não acumulem água, evitando apodrecimento de raízes.
- Substrato e vaso: prepare uma mistura com turfa, casca de pinus, areia grossa e fibra de coco para imitar os solos onde crescem naturalmente.
- Adubação: utilize fertilizantes para orquídeas, alternando nutrientes de crescimento (nitrogênio) e de floração (potássio e fósforo). Doses menores e regulares são mais eficazes.
- Poda e propagação: retire hastes florais secas para estimular novos brotos. Algumas espécies podem ser multiplicadas por divisão de touceiras após o período de dormência.

Problemas comuns
Apesar da rusticidade de muitas, as orquídeas terrestres podem sofrer com pragas ou fungos. Cochonilhas, pulgões e caracóis podem atacar folhas e flores. Já o excesso de umidade favorece fungos, resultando em manchas escuras nas folhas ou no apodrecimento das raízes. Mantenha ventilação adequada, evite o encharcamento do substrato e utilize fungicidas ou defensivos orgânicos quando necessário.
Combinações no jardim e em vasos
No paisagismo, orquídeas de solo oferecem um charme especial. Use Bletilla, Spathoglottis ou Arundina em bordaduras floridas. Já em vasos decorativos de sala ou varanda, espécies como Ludisia discolor e Macodes petola ganham destaque pela folhagem ornamental. Em terrários, as de pequeno porte criam composições sofisticadas ao lado de samambaias e musgos.
Segurança e pets
No cultivo doméstico, atenção: algumas orquídeas terrestres, como certos gêneros de sapatinhos (Paphiopedilum e Phragmipedium), podem ser ligeiramente tóxicas para animais de estimação caso ingeridas. Por precaução, mantenha vasos fora do alcance de cães e gatos.
Exemplos práticos de espécies
Entre as 28 espécies com cultivo conhecido, algumas merecem destaque prático:
- Arundina graminifolia (orquídea-bambu): floresce o ano todo em climas quentes.
- Bletilla striata (orquídea-japonesa): rústica, ideal para jardins temperados.
- Cymbidium spp.: muito usada na decoração por suas flores de longa duração.
- Calanthe spp.: resistentes, ótimas para regiões mais frias.
- Spathoglottis plicata: fácil de cultivar, muito utilizada em paisagismo tropical.
- Ludisia discolor: orquídea-jóia, mais apreciada pelas folhas ornamentais.
Dicas avançadas
- Crie um cronograma de floração: cultive espécies que florescem em diferentes épocas, garantindo cor no jardim durante todo o ano.
- Aplique cobertura morta (mulch) sob as plantas para manter umidade e proteger raízes durante períodos secos.
- Se mora em clima frio, use estufas ou estufins improvisados com plástico transparente para proteger espécies tropicais.
Erros comuns e soluções
- Excesso de água: causa podridão. Solução: adicione cascalho ou perlita ao substrato.
- Luz em excesso: folhas amareladas. Solução: mude o vaso para meia-sombra.
- Falta de nutrientes: plantas sem flor. Solução: adubação regular, respeitando ciclos da planta.
Checklist rápido
- Vaso largo ou canteiro profundo? ✔️
- Substrato bem drenado preparado? ✔️
- Adubo de liberação equilibrada? ✔️
- Proteção contra sol forte do meio-dia? ✔️
- Controle preventivo de pragas? ✔️


Perguntas frequentes
- Todas as orquídeas terrestres podem ser cultivadas em vasos? Sim, mas espécies maiores como Arundina e Phaius pedem vasos grandes e profundos.
- É possível misturar orquídeas terrestres diferentes no mesmo canteiro? Sim, desde que as exigências de luz, solo e rega sejam similares.
- Quanto tempo demora para uma muda de orquídea terrestre florescer? Variável: espécies de crescimento rápido, como Spathoglottis, podem florescer em 1–2 anos; já Cymbidium pode levar 3 anos ou mais.
Tabela de medidas e equivalências
Necessidade | Medida média |
---|---|
Altura do vaso | 15–20 cm |
Profundidade do canteiro | 30 cm |
Drenagem mínima | 5 cm de argila expandida |
Umidade do ar ideal | 50–70% |
Luz direta recomendada | 3–5 h diárias |
Conclusão
As orquídeas terrestres são alternativas fascinantes para quem busca flores exuberantes e folhagens decorativas em jardins e vasos. Com cuidado relativamente simples — substrato leve, regas equilibradas, luminosidade correta e adubação moderada — é possível ter floradas magníficas em várias épocas do ano. Experimente começar por espécies robustas como Bletilla e Spathoglottis, e depois avance para variedades mais raras e exigentes. Ao cultivá-las, você não só terá beleza e sofisticação em casa, como também fará parte da preservação dessa família de plantas encantadoras.